Maurício Kubrusly, jornalista e ex-apresentador do quadro “Me Leva Brasil”, do Fantástico, tem enfrentado uma dura batalha contra a demência fronto-temporal, uma condição neurodegenerativa sem cura. Sua esposa, Beatriz Goulart, revelou, em entrevista à revista Veja, que Kubrusly chegou a considerar a possibilidade de eutanásia após o diagnóstico, sendo movido pela angústia de ver sua saúde deteriorando. A decisão foi influenciada pela dor de ver sua capacidade de comunicação e leitura desaparecerem.
Beatriz, no entanto, não apoiou a ideia de eutanásia e compartilhou seu lado mais humano em relação ao companheiro, dizendo que tentou dissuadi-lo. Ela recordou momentos íntimos em que ele, com 79 anos, começou a perceber mudanças em seu comportamento, como a dificuldade para ler jornais e o uso indevido do celular, enviando mensagens e fotos para pessoas erradas. Esse declínio culminou em sua incapacidade de falar, um processo rápido e doloroso para o casal que já estava junto há quase 20 anos, mas só passaram a morar juntos de fato na pandemia, quando o jornalista começou a perceber os sinais da doença.
O documentário “Kubrusly: mistério sempre há de pintar por aí”, que resgata a carreira do jornalista e a história de sua luta contra a demência, será lançado em dezembro no Globoplay. O trabalho foi produzido pela equipe de jornalismo da Globo e foi exibido pela primeira vez na 11ª Mostra de Cinema de Gostoso, no Rio Grande do Norte.
Maurício Kubrusly, que ficou famoso nos anos 2000, deixou a Globo em 2019 e, desde então, tem enfrentado as dificuldades da doença, enquanto Beatriz lida com a dor de ver o marido perder a memória e as capacidades que sempre definiram sua personalidade.
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